09 agosto 2006

Zé dirceu na web - Confira o blog

Onde está o segundo turno?

Nesses últimos dias alguns fatos me chamaram a atenção. De uma hora para outra, surgiu um mutirão de analistas de pesquisas. Passamos a ver e a escutar análises engraçadas, em tom de profecia, que diziam : “certamente teremos um segundo turno” ou “saldo de Lula cai e aponta o segundo turno”.

O fato é que, nas últimas três pesquisas divulgadas (CNI/Ibope, CNT/Sensus e DataFolha), o candidato Lula cresceu (47%), a avaliação de seu governo melhorou, o candidato Aclkmin caiu (19,8%) e a candidata HH variou dentro dos 10% da estimulada. E o mais importante: em nenhum lugar aparece um quadro ou tendência de um possível segundo turno.

Esses novos profetas da Cabala estatística, destituídos dos seus postos pelos fatos simples e claros apontados nas pesquisas, agora vêm com novas explicações sobre voto emocional e a falta de capacidade do brasileiro de fazer suas escolhas políticas.

O fato de grande parte da população brasileira ter baixa escolaridade não a impede de fazer uma análise racional do momento e da economia do Brasil, e tomar uma decisão lógica. O segredo do candidato Lula é conhecido pela grande maioria da população brasileira: é o compromisso com os trabalhadores e com os pobres, traduzido no incremento dos programas sociais, na inclusão social, na estabilidade e no crescimento da economia brasileira.

O que setores da imprensa e certos políticos não conseguem aceitar é que os pobres, que eles tanto citam, tiveram uma melhora significativa de vida no governo Lula (só o aumento de 16,67% do salário mínimo e a tabela da correção do imposto de renda geraram um volume de recursos extras na economia da ordem de 25 bilhões). E eles têm, sim, uma lógica ao votar.

Um consenso nas escolas de ciência política internacionais, passando pela escola de Michigan, é a “ A teoria da racionalidade de baixa informação”, proposta por Popkin (The reasoning of voter – 1994), que explica bem a realidade brasileira. Popkin critica a utilização de certos dados dos surveys como base para julgar o grau de informação utilizado pelo eleitor ao votar: certamente, a maior parte dos cidadãos não conhece muitos dos fatos básicos da política, mas avaliar os eleitores pelo que eles não sabem do “livro-texto do civismo” nos impede de saber o que eles sabem, e o que eles podem fazer sem saber os fatos da política. Esse viés subestima quanta informação eles captam e processam durante a campanha e como eles usam a informação para entender os candidatos.

O que eu vejo é que o eleitor brasileiro amadureceu e está fazendo uma opção lógica pela reeleiçao de Lula, combinando aprendizado e informação de experiências passadas, da vida cotidiana, da economia, da mídia e das campanhas políticas. As pessoas estão usando atalhos que incorporam muita informação política -- e isso está traduzido nos resultados das pesquisas.

do Blog do Zé Dirceu

04 agosto 2006

Luz para Todos beneficiará 1,5 milhão de baianos até 2008

O Programa Luz para Todos contribuiu para a universalização de 17 municípios baianos em 2005.

Com prioridade para as cidades com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) inferior à média do Estado e localidades com atendimento energético inferior a 50%, o Luz para Todos vai beneficiar 357.970 famílias baianas, totalizando mais de 1,5 milhão de pessoas com acesso à energia elétrica até 2008.

De 2004, ano inicial das obras do Luz para Todos na Bahia, até o momento, a Coelba e os governos federal, estadual e municipal investiram juntos mais de R$ 400 milhões no Programa.

Para levar energia às mais distantes localidades do interior, a Coelba instalou uma rede com extensão superior a 14 mil km e mais de 185 mil postes.

Com este movimento, a economia baiana foi aquecida com oito mil empregos diretos gerados nas empresas prestadoras de serviços para a Coelba, além da abertura de 1,8 mil vagas nas 12 fábricas de postes reativadas.

É importante ressaltar que todo esse trabalho vem sendo executado pela Coelba de maneira totalmente responsável ambiental e socialmente. Das cerca de quatro mil obras concluídas do Programa Luz para Todos, apenas 122 precisaram de estudos ambientais, ou seja, 3% das operações.

Isto significa que 97% das obras, através da correta escolha de traçados, beirando estradas, desviando de vegetação nativa, puderam ser construídas sem supressão da flora local. Este é um dos maiores desafios da distribuidora: garantir uma Produção Mais Limpa.